Há toda uma tradição no Brasil de beijos de amizade.
Em Minas e vários estados é comum cumprimentarem-se os
amigos com três beijinhos, sem maldade, embora muitas paqueras e flertes tenham
começado assim. Nestes lugares, dizem, o segundo beijo é pra que a pessoa tenha
a sorte de se casar e o terceiro para não ter o “azar” de morar com a sogra...
No Rio é clássico. Dois beijos, um em cada face enquanto as
mãos estão em posição de cumprimento. Os Paulistas, especialmente os
paulistanos, apenas um beijo rápido e prático, como são os paulistas.
Cumprimentar “Shaking hands” ou
apertando as mãos já é o protocolo no mundo ocidental. Entre os russos, um beijo
só, na boca. Entre os árabes o Salamaleque (do ár. SalamHalayk, 'A Paz esteja
convosco') onde a mão faz o movimento do coração, para o a testa e depois para o
céu. Entre os orientais um inclinar da cabeça ascético e polido.
Ou como os indianos com as mãos em atitude de oração curvando levemente a cabeça, como que dizendo “O deus que há em mim saúda o deus que há em ti?
Ou como os indianos com as mãos em atitude de oração curvando levemente a cabeça, como que dizendo “O deus que há em mim saúda o deus que há em ti?
Os cristãos primitivos beijavam com ósculo santo ou ósculo de amor. Este é recomendado pela própria Bíblia.
“Cumprimentem uns aos outros com um beijo de irmão. Que a paz esteja com todos vocês que pertencem a Cristo!” (1Pedro 5.14, NTLH)
Já imaginou se existisse um vírus
que nos proibisse de exercer tradições tão ricas e que mostram que não somos seres
isolados no mundo?
Imagine se existisse um vírus que isolasse
as pessoas uma das outras, de tal forma que não se pudesse dizer:
Que prazer! Como vai? How do you do?
Infelizmente este vírus existe e
já está em circulação no mundo há muito mais tempo que o famigerado COVID-19, anteriormente
conhecido como “O novo Corona vírus”.
Este vírus é conhecido por muito
nomes: ódio, rixa, desentendimento, xenofobia, preconceito, discriminação,
soberba, nariz levantado, mágoa, ressentimento...
Já imaginou se toda a maldade do
mundo se transformasse em micro-organismos contagiosos?
Parece que a
presença deste vírus no mundo há tanto tempo faz com que, de vez em quando ele
se materialize em alguma forma de vida microscópica que mostra que a falta de
amor pode ser muito perigosa. Já tivemos a lepra, a peste, a gripe espanhola, a
varíola... E agora, o COVID-19!
A Organização
Mundial da Saúde OMS recomenda que, enquanto não se tiver defesas ou mais
conhecimento sobre o vírus ou até vacina e remédio, que se evitem os ósculos
singulares ou múltiplos.
Devemos aprender com orientais, os hindus e os muçulmanos a ser polidos, educados e nos cumprimentar daqueles jeitos carinhosos sem nos tocar...
Mas eu confesso que sinto falta de um bom abraço brasileiro, dos beijos estalados que aprendi com minha sogra e com minha esposa.
Devemos aprender com orientais, os hindus e os muçulmanos a ser polidos, educados e nos cumprimentar daqueles jeitos carinhosos sem nos tocar...
Mas eu confesso que sinto falta de um bom abraço brasileiro, dos beijos estalados que aprendi com minha sogra e com minha esposa.
Oro para que
logo, logo possamos aprender a “etiqueta respiratória” para momentos de epidemias
e emergências médicas, mas para que "mais logo ainda" voltemos às boas e velhas práticas
ensinadas ancestralmente pelos antigos, como quando minha mãe me dizia.
- Toma a bênção de sua avó! E eu, beijando a mão enrugada,- Benção vovó? E ela, com a mão sobre a minha cabeça,- Deus te crie, meu fio!
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