Atitudes que curam: Confissão

“Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz.” (Tiago 5.16, NVI)  “Enquanto eu mantinha escondidos os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer. Pois dia e noite a tua mão pesava sobre mim; minhas forças foram-se esgotando como em tempo de seca.” (Salmo 32.3–4, NVI)

Parece estranho que a bíblia insista tanto na confissão como uma disciplina espiritual.

Afinal, a Bíblia nos fala de um Deus onisciente, que tudo e que nada escapa ao seu saber.

Veja Jeremias 16.17, RA) “Porque os meus olhos estão sobre todos os seus caminhos; ninguém se esconde diante de mim, nem se encobre a sua iniquidade aos meus olhos.”Afinal por que teria que confessar algo que ele já sabe?

Precisamos entender o verdadeiro significado da confissão tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Em hebraico a palavra é derivada do verbo conhecer, que significa conhecer intimamente. Confessar é dar-se a conhecer voluntariamente a Deus. É colocar-se em suas mãos com tal intensidade que não há nenhum esconderijo secreto em nosso coração. É como entregar todas as chaves de nossos cofres ao Senhor. Confessar, portanto, é entrega total e incondicional.

O salmo 32 nos dá uma luz sobre este significado: “Enquanto eu calei o meu pecado...” Confessar é declarar em alta voz o que Deus já sabe, é admitir não o que se fez, mas a maldade do que se fez. É não tentar se justificar ou desculpar-se no sentido se livrar da culpa, mas admiti-la.

No Novo Testamento, a palavra é mais clara e esclarecedora. Literalmente homologar (Homo = o mesmo e Logeo = falar). Confessar, portanto, no Novo Testamento é confirmar, homologar, concordar.

Confessar significa admitir que Deus está certo em condenar o que fiz. Ele está certo e eu errado. Eu confesso, homologando a sentença de Deus sobre as minhas ações.

Por isso a confissão é a base da cura. 

Sem admitir que está errado, não há arrependimento verdadeiro. Pode haver remorso, mas não, mudança de mente (Metanoias -gr: μετάνοια Arrependimento).

Este é o caminho da cura: Reconhecer o erro diante de Deus e diante dos homens (Confissão), como fruto de Metanóias (Arrependimento). Deus aplica em nós a expiação (cobrir os pecados) que se dá pelo sangue (morte) de Jesus Cristo.

Ao confessarmos os nossos pecados nos colocamos debaixo do sacrifício de Cristo e somos cobertos com seu sangue, espiritualmente. Deus olha para nós então e nos vê em Cristo Jesus, com nossos pecados lavados e perdoados na cruz de Cristo.

“Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1João 1.8–9, NVI)

“Enquanto eu mantinha escondidos os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer. Pois dia e noite a tua mão pesava sobre mim; minhas forças foram-se esgotando como em tempo de seca.” (Salmo 32.3–4, NVI)