O preço de um resgate


Ao irmão, verdadeiramente, ninguém o pode remir, nem pagar por ele a Deus o seu resgate (Pois a redenção da alma deles é caríssima, e cessará a tentativa para sempre.),” (Salmo 49.7–8, RA)


De todas as emoções desta última semana, talvez a que mais mexeu com o coração do mundo inteiro e até dos jogadores das seleções que participavam da Copa Mundial de Futebol foi a que passou um time de futebol formado por meninos tailandeses que foram surpreendidos pelas torrenciais chuvas de monções que inundaram o complexo de cavernas que eles estavam explorando junto com seu técnico na hora errada e no lugar errado para serem surpreendidos por chuvas antes do tempo.
Ironicamente, enquanto seleções nacionais lutavam por um prêmio importante, este time de crianças que também amam o futebol lutava por um prêmio maior: a própria vida.
Quando foram encontrados, um drama maior se apresentou: Como resgatá-los com segurança? São quase seis horas de mergulho para profissionais altamente treinados. Um deles, nesta semana, não resistiu e morreu! A outra opção seria esperar 4 meses até as chuvas de monções pararem e a caverna voltar a ser explorável e segura.
Estamos orando por estes meninos, técnico e pelas equipes de resgate para que encontrem a melhor solução para que eles sejam trazidos de volta a suas famílias em segurança.
Esta história nos dá, em escala infinitamente reduzida, um vislumbre da complexidade e da maravilha que é a dinâmica da redenção do ser humano por Deus em seu maravilhoso plano de salvação.
Ele nos libertou do poder da escuridão e nos trouxe em segurança para o Reino do seu Filho amado. É ele quem nos liberta, e é por meio dele que os nossos pecados são perdoados.” (Colossenses 1.13–14, NTLH)
A complexidade da operação de resgate dos meninos não se compara à complexidade da salvação do ser humano, mas há algumas analogias que podem ser feitas:
Primeiro: não basta encontrar os meninos e garantir a sobrevivência, é preciso tirá-los do buraco de morte onde eles estão. Da mesma forma, não basta anular o resultado do pecado no ser humano. A morte de Cristo não só nos perdoa de nossos pecados, mas nos transforma em novas criaturas e nos capacita a uma mudança gradual que nos prepara para viver plenamente a dinâmica do Reino de Deus, a santificação. “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,” (Hebreus 12.14, RA). Para serem completamente salvos, estes meninos terão que aprender a nadar, mergulhar e enfrentar as adversidades do caminho tortuoso na caverna para chegarem à segurança de suas casas. Da mesma forma, o cristão precisa se aperfeiçoar em Cristo para viver plenamente a vida com Deus. Há muita gente salva ainda vivendo na escuridão das cavernas do pecado.
Segundo: Da mesma forma que os meninos por si próprios não conseguiriam se salvar, nenhum ser humano pode se salvar por seus próprios esforços. É a ação de Jesus Cristo em descer ao mundo para morrer por nós e ressuscitar para nos levar ao Pai, com a atuação do Espírito Santo em aplicar a salvação planejada pelo Pai, que pode nos salvar. Há mais de mil pessoas envolvidas no resgate daqueles meninos. Um dos mais experientes mergulhadores e chefe da equipe de salvação morreu no processo!
Sem a atuação da Trindade, não poderíamos ser salvos!
Por fim, o resgate destas crianças, está mobilizando milhares de pessoas no mundo inteiro.
Para a sua e a minha salvação, Deus mobilizou-se por inteiro: Pai, Filho e Espírito Santo. E mobilou mártires, evangelistas, pastores, anônimos e famosos para nos salvar.
O que você está fazendo para que a sua salvação em Cristo não seja apenas um resgate sem santificação. É como se as equipes se contentassem apenas em encontrar os meninos, garantir a sua sobrevivência e deixa-los salvos na escuridão da caverna até que o tempo resolva ajudar...
Há muitos cristãos salvos que não vivem uma vida plena e estão no fundo da caverna só esperando Jesus voltar, para só então, viver plenamente com Deus!



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