Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será
chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco). Mateus 1.23.
Não há como negar a
importância que a Bíblia dá à maternidade e às mães em geral. A palavra mãe e
seus derivados aparecem 216 vezes só no Antigo Testamento e 77 no Novo
Testamento. Os termos conceber, dar à luz, nasceu-lhe e outros com o
significado de ser mãe aparecem 447 vezes. Eva recebeu o seu nome que significa
mãe por ser a mãe de todos os homens (Gen. 3:20)!
Além
destas estatísticas, em cada conexão essencial na História da Salvação desde o
livro de Gênesis até o nascimento de Jesus há sempre uma mãe. Vejamos.
Gênesis
3:15 diz que o nascimento de um descendente de Eva (mãe) viria destruir
(esmagar a cabeça) o que a serpente havia conseguido ao tentar o casal
primordial. Abrão, em Gen. 12, foi chamado com a promessa de que sua mulher
Sarai, então, com 75 anos ainda seria mãe e um de seus descendentes abençoaria
todas as famílias da terra. O mesmo com Rebeca (Isaque) e as mães Lia, Raquel,
Bila e Zilpa (com Jacó) que deram origem às 12 tribos de Israel.
A
história da Libertação do povo de Deus do Egito em Êxodo começa com a
fecundidade das mães israelitas e uma mãe que arriscou tudo para salvar seu
filho da morte. Foi ele, Moises quem se tornou o instrumento de libertação de
todo um povo!
Raabe, Noemi e Rute e Josué e Juízes são mães
ascendentes do grande Rei Davi e, portanto também de Jesus e quem o ungiu foi
Samuel, filho de Ana, que chorou diante do Senhor até que este lhe desse um
filho que ela entregou ao Senhor para trabalhar no tabernáculo em Silo assim
que ele desmamou.
Assim
temos uma sucessão de mães que culminam em duas mulheres, uma idosa e
esperançosa de ainda ter um filho e outra muito jovem, mas com coragem de dar à
luz a um filho contra todas as possibilidades e perigos humanos porque esta era
a vontade de Deus. Estou falado da mãe de João Batista, Isabel e a mãe de
Jesus, Miriam, em hebraico, Maria em grego.
Não
somente as mães biológicas foram importantes para que a salvação em Jesus
Cristo chegasse até nós! Débora se levantou como mãe em Israel, conforme Juízes
5:7 e a mãe de Rufo (Marcos 13:21 e Romanos 16:13), esposa daquele que carregou
a cruz de Cristo, Simão o Cireneu adotou o apóstolo Paulo como seu filho, mesmo
sem o ser biologicamente. São as mães do coração, adotivas e “adotadoras” que
criam a abençoam filhos que não pariram, mas conceberam no coração!
São
as professoras, babás, tias e avós que amam maternalmente filos que não seriam
seus, não fosse o amor que as move.
Há
mães que erram também na Bíblia. Aliás, todas elas, pois não há mãe que não
erre mesmo amando e querendo o melhor para seus filhos. Mães superprotetoras
que querem ou não deixam seus filhos crescer, mães até dispostas a abandonar ou
destruir seus filhos por desespero, vingança, fome ou mesmo o pecado. Exemplos
bíblicos são Tamar, as mulheres de Samaria no desespero da fome ou a rainha
Atalia que queria extirpar a descendência de Davi, seus filhos e netos, para se
vingar do Senhor!
A
verdade é que errando ou acertando, Deus sempre tem um carinho especial com
mulheres que usam seu instinto maternal para cuidar, proteger e amar. Mais que
isto, foi através da maternidade que Deus trouxe ao mundo o seu filho Jesus
Cristo para nos salvar. Parafraseando o apóstolo Paulo em Romanos 5:12-21,
assim como por uma mulher e seu marido entrou o pecado no mundo, foi também por
uma mulher, uma mãe, que Deus fez entrar no mundo salvador Jesus Cristo.
Nossas
mães nos educam e preparam para a vida e nos amam até o fim. Deus as honrou com
o privilegia da maternidade que não é somente doadora de vida física, de
educação, de carinho e amor inesquecíveis. A maternidade na mulher também nos
apresenta o próprio Deus que ao fazer-se homem também como todo homem, teve a
sua mãe. Deus a criou para que ela fosse aquela que amamentaria o Filho de
Deus, em quem podemos ser salvos se, como ela, o recebermos no coração. Muitas vezes
são elas quem nos ensinam o caminho até Jesus!
Somos gratos a Deus por nossas mães e por todas
aquelas que também se tornaram nossas mães espirituais ou adotivas enquanto nos
tornamos maduros.
Obrigado
mamãe!
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