Mas quem
ouve a minha mensagem e não é obediente a ela é como o homem que construiu uma
casa na terra, sem alicerce. Quando a água bateu contra aquela casa, ela caiu
logo e ficou totalmente destruída. Lucas 6:49.
O recente
desabamento de três prédios no centro histórico do Rio de Janeiro bem ao lado
de grandes ícones da história e arquitetura da cidade, como a Cinelândia, a Câmara
e Teatro Municipal enche o nosso coração de sentimentos paradoxais.
Gente querida de nossa igreja que trabalha
muito próximo a estes prédios não foi envolvida nesta tragédia e por isso nosso
coração se alegra, bem como se comove ao ver outros que quase perderam a vida
mas estão salvos juntos de seus queridos. A alegria destes livramentos
mistura-se à tristeza e à solidariedade com a dor de quem perdeu pessoas
queridas, amigos, bens, sonhos, anos de
investimento em suor e trabalho duro. Ao mesmo tempo junta-se a estes
sentimentos a indignação diante do que pode vir a ser mais uma história de incompetência,
suborno, leniência de autoridades ou interesses escusos que colocam em risco de
morte a vida de inocentes.
Lembramo-nos
de quantas vezes passamos em frente àqueles prédios sem saber se suas
estruturas já estavam abaladas ou não e nos
lembramos que vivemos em edifícios que podem ser objeto dos mesmos vícios que
causaram aquela tragédia.
Eventos assim
nos despertam para emoções que nos fazem refletir e podem nos tirar de
alienações e torpor que tomam conta de nossa sociedade. Devemos valorizar mais
a alegria de estar com quem amamos, precisamos nos solidarizar e chorar mais
com os que choram. Precisamos do medo para nos despertar e não para nos paralisar
diante da vida e precisamos de um pouco mais de indignação produtiva. Aquela
que provoca mudanças estruturais em nós e na Sociedade.
Jesus nos
alertou no Sermão da Planície (Lucas 6:17 – 7:49) que existem falhas
estruturais não somente nos edifícios que nos envolvem, mas que elas podem
estar presentes em nossa vida, escondidas nas paredes de nossa alma prontas a
ruir sob a menor pressão.
Surge a
pergunta: E quando o que desaba é a vida?
Jesus nos
fala de dois momentos nesta tragédia pessoal que pode acontecer a qualquer um
de nós. O primeiro momento é antes que aconteça, o momento da prevenção, da
construção do ser, do reparo estrutural e da percepção da eminência da tragédia.
Devemos sempre examinar nossas estruturas.
Em Mateus 7:24–27
Ele diz que a mesma chuva ou tempestade,
vento ou enchente para vir para todos, mas somente desabam aqueles que
constroem sua vida sem alicerces em Deus, sem um projeto aprovado nos céus. Aqueles
que, ao construir a vida, amontoam pedras e entulhos, removem colunas que não
deveriam, abrem janelas onde não podem, certamente desabarão diante dos
problemas da vida que vêm para todos sem distinção.
Mas aqueles
que constroem sobre um projeto de Deus realizado a partir de sonhos transformados
em planos sob a orientação do Arquiteto dos arquitetos, usa material de boa
qualidade como os ensinamentos de Jesus
ou de tudo o que bom, agradável e tem boa fama (Filipenses 4:8-9), esses
passam pela tempestade e podem sair até quebrados ou abalados, mas não desabam.
Isto é
prevenção contra desabamento da vida em meio às intempéries!
E quando a
vida já desabou?
Jesus também
tem uma palavra para estes. Ele está pronto a vasculhar os escombros com você,
resgatar os feridos, consolar os enlutados e reconstruir uma nova vida, agora
alicerçada na Rocha dos séculos, Jesus. Basta ouvir e fazer o que ele diz em
Mateus 11: 28 – 30
“ Vinde a mim, todos os que estais
cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo
e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso
para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.“
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